Edição 04
Agosto
2024

Agliberto Lima: pela lente do olhar

A senhora e o cachimbo, feira no Raso da Catarina, anos 80/ Foto: Agliberto Lima
Agliberto Lima, o Bel, e sua inseparável câmera

Fotojornalismo para Agliberto Lima, mais conhecido entre os mais chegados por Bel, é (quase) sacerdócio.

O repórter fotográfico traz na bagagem cinco décadas de fotojornalismo, três das quais no jornal O Estado de S. Paulo – na sucursal da Bahia e em São Paulo. Pela Agência Estado, suas fotos rodaram o mundo.

Passou também pela revista Veja São Paulo e outros jornais, como Diário do Comércio, Jornal da Bahia e Tribuna da Bahia. Suas fotos deram capas memoráveis.

Algumas imagens estão no acervo do Museu Pierre Verger, em Salvador, Bahia. Outras ilustram publicações diversas: de livros de arte e fotobiografias a publicações acadêmicas. Além de figurar nos livros de melhores fotos editados anualmente pelo Estadão.

A câmera fotográfica é seu instrumento inseparável. Tanto para traduzir as próprias emoções como para desvendar o mundo com olhar sensível e poética peculiar, em que a vida cotidiana e seus personagens ganham contornos ora realistas, pelas lentes do fotojornalismo, ora mágicos, pelo olhar da poesia.

Nessa trajetória, Agliberto Lima reuniu acervo expressivo de flagrantes captados em andanças pelo mundo afora e em boa parte do país − de norte a sul, do sertão ao litoral, da paisagem ao retrato, do fato político ao cotidiano.

Com 52 anos de trajetória profissional, o fotógrafo está repassando sua história em uma preciosa edição que pretende transformar em exposição e livro. Traz na bagagem a expressão forte e genuína de sua Bahia e do nordeste e cinco décadas de fotojornalismo na cobertura de fatos históricos.

A seguir, um pouco do enorme talento de Bel, pela lente de seu olhar.

Bandeirolas no Pelourinho, Centro Histórico, Salvador, 2018
Salvador no horizonte, o cavalo solto na praia da Penha, Ilha de Itaparica
Salvador no horizonte, o cavalo solto na praia da Penha, Ilha de Itaparica
Pantanal de Marimbus, na Chapada Diamantina, Bahia
Pantanal de Marimbus, na Chapada Diamantina, Bahia
Mestre Pastinha, já cego, na porta de casa, Pelourinho, 1976
A Menina Descalça, Lavagem do Bonfim, 1982, Salvador
O vaqueiro idoso, no Sertão da Bahia
Arcebispo e Nobel da Paz, Desmond Tutu, Pelourinho, 1987
José Adário, o Ferreiro dos Orixás, 2010
José Adário, o Ferreiro dos Orixás, 2010
Nelson Mandela desembarca em Salvador, 1991

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia Também

Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo, também celebrados no mês de junho, são os patronos das tradicionais Festas Juninas, espalhadas Brasil afora
A fábrica-escola vai beneficiar o cacau produzido na região, com foco na inovação de processos e produtos, e fornecer assistência técnica aos agricultores familiares
Ela já é uma cantora e compositora experiente, com trabalhos de qualidade, coloca o seu timbre, doce e singular, cada vez com mais maestria. Ela é danadinha.
Poeta de cordel, contador e cantador das alegrias e tristezas, dos sonhos e da dura realidade da vida baiana. Antônio Ribeiro da Conceição, tem um pé no sertão e outro no Recôncavo
A mistura, aqui, foi geral. Primeiro, havia os tupinambás, que tinham tomado as terras dos índios que, antes deles, habitavam a região. Expulsaram os tupinaés para o sertão e ficaram aqui, na orla da atual Baía de Todos-os-Santos, entre o que é hoje Salvador, a velha Itaparica, águas e terras do Paraguaçu.